sábado, 21 de janeiro de 2012

DESAFIO DE UM PROFESSOR


Para quem não me conhece vou expor um pouco da minha história.  Meu nome é Oelson Costa, tenho 40 anos de idade, sou natural de Jaçanã/RN, casado, duas filhas, bisneto de Manuel Fernandes da Silva (um dos fundadores do município), sou filho de Orlando Costa, um dos primeiros funcionários desta cidade (hoje aposentado), tenho dois irmãos e uma irmã. Todos de uma honestidade, responsabilidade e dignidade impecáveis.
Terminei o Curso Científico na cidade de Cuité em dezembro de 1989. Neste mesmo ano fui convidado pelo professor Raminho para substituí-lo na Escola da CNEC (hoje EMACC), lecionando Língua Portuguesa e Matemática, aceitei de imediato e passei o ano de 1989 trabalhando lá. No ano de 1990 ingressei nas Forças Armadas (Aeronáutica) onde passei três anos. Ao sair passei algum tempo desempregado, apenas fazendo bicos para me manter. Em 1993 trabalhei a serviço de uma cerâmica pertencente a Paulo Jader (filho de Paulo Fortunato) e em 1994 trabalhei com o Sr. Paulo Fortunato fazendo vendas de mercadorias no atacado. No ano de 1995 trabalhei como estagiário na Agência dos Correios de Jaçanã e neste mesmo ano conclui o Magistério na Escola Estadual Profª Terezinha Carolino de Souza. Em 1997 prestei concurso para Carteiro da ECT (Empresa de Correios e Telegráfos), fiquei em oitavo na classificação geral e no início de 1999 fui chamado para trabalhar em Natal onde permaneci até novembro de 2001, quando fui demitido SEM JUSTA CAUSA. Por ter sido demitido SEM JUSTA CAUSA procurei a justiça e ganhei nas duas primeiras instâncias, porém perdi em última instância, os Juízes do Supremo entenderam que apesar de eu ser concursado, eu ainda estava em Estágio Probatório (que por sinal não funciona em Jaçanã, pois não existem as Comissões que devem acompanhar e avaliar as pessoas que estão em Estágio Probatório) e o Empregador poderia sim me demitir SEM JUSTA CAUSA. Em 2002 comecei a trabalhar como professor de EJA na Escola Deputado Jessé Filho e dei conta do recado. No início de 2003 prestei concurso para professor de EJA. Só tinha uma vaga para a Serra da Lagoa e eu me dediquei aos estudos e consegui mais essa vitória na minha vida. Trabalhei dois anos lá com turmas de 27 alunos em 2003 e 25 alunos em 2004, podia se contar nos dedos os dias que não estavam todos presentes durante esses dois anos que estive lá. Quem quiser pode procurar a supervisora que me acompanhava (Gracinha), a Secretária de Educação na época (Solange) que todas vão confirmar que em todas as visitas que fizeram, que não foram poucas, a sala sempre esteve cheia e satisfeita com meu trabalho. Nessa época, Prefeito e Secretária de Educação visitavam as escolas e não avisavam quando iriam, chegavam de repente, pois tinham compromisso com a educação do município. Em 2005 iniciou a administração do atual Prefeito e eu vim trabalhar na sede do município, na Escola Deputado Jessé Filho com uma turma de EJA. Em meados do mês de maio eu estava com 12 alunos freqüentando, e o Secretário de Educação (Oton Mário) junto a Supervisão e Direção da Escola acharam que o número de alunos estava pouco e uma professora do turno da tarde (Minervina) estava com seus pais com problemas de saúde, então entramos num acordo e eu vim o turno da tarde e os meus alunos de EJA foram remanejados para outra turma de EJA que funcionavam na escola. A última vez que efetivamente eu iniciei com uma turma de EJA foi em 2005. No ano de 2006 eu fiquei coordenando as turmas de EJA e dando suporte técnico na Secretaria de Educação, a pedido do atual secretário. 2007 e 2008 fiquei totalmente a disposição da SMEC, sendo responsável entre outras coisas pela informação da freqüência do Programa Bolsa Família, das atualizações do PDDE, do Censo Escolar, que por sinal no ano de 2007 eu tive que trabalhar de madrugada para conseguir informar todos os alunos da rede, do PDE-Escola, do LSE (Levantamento da Situação Escolar), além de trabalhos de digitação. Nesse tempo em que estive a serviço da SMEC fiz parte do Conselho do FUNDEB, do Conselho Municipal de Educação, do Comitê Gestor Local, entre outros. O ano de 2009 foi meio tumultuado, pois comuniquei ao Secretário que gostaria de voltar para a sala de aula, pois já não agüentava mais aquela sobrecarga de trabalho e que ele arranjasse uma pessoa para me substituir nessas atribuições e que durante o ano eu passaria o serviço para a mesma. Ele relutou muito com o meu pedido e conseguiu trazer para trabalhar na SMEC Josefa Barbosa. Neste período eu passei três dias por semana na SMEC repassando o serviço e dois dias na Escola Deputado Jessé Filho dando aulas de Computação no contra turno para os alunos daquela escola. Além de trabalhar como coordenador de turmas do Programa Brasil Alfabetizado, eu ainda fazia todo o serviço inerente ao referido programa, só não assinei o Termo de Adesão pois não podia, isso era de competência do Secretário de Educação e do Prefeito, bem como as compras que ficaram com o departamento de compras do município, mas todo o serviço burocrático e organizacional fui eu quem fez . O ano letivo de 2010 começou a SMEC não me colocou em nenhuma escola e no mês de maio de 2010, a SMEC me mandou para a escola Maria Joaquina, no Conjunto Flores 1, dizendo que lá funcionava uma turma de EJA no turno vespertino, chegando lá encontrei dez alunas em sala de aula, dessas dez, apenas quatro tinham efetuado suas matrículas junto à Secretaria da Escola, e as seis restantes eram apenas ouvintes. O Governo do Estado junto ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais estava implantando um programa para Jovens e adultos e ofereciam uma bolsa de R$ 50,00. As ouvintes e duas matriculadas me disseram que iriam para o Programa devido a bolsa que oferecia, e eu disse que elas tinham sim que procurar melhoras. Ficando apenas duas alunas eles desistiram. É tanto verdade que não foi aberto sequer diário de classe, porque não tinha o mínimo de alunos para funcionar uma turma. Pergunto: Que culpa tenho eu se já não existia turma na escola? O secretário de educação sequer me chamou em seu gabinete para conversar, me telefonou perguntando se eu não queria assumir o laboratório do Proinfo da Escola Deputado Jessé Filho pelo restante do ano de 2010, e eu aceitei. 2011 fiquei no Laboratório do Proinfo da Escola Deputado Jessé Filho trabalhando com alunos no contra turno, com aulas de inclusão digital e princípios básicos de computação.

Tenho certeza que essas pessoas que colocaram comentários anônimos denegrindo a minha imagem me conhecem muito bem, mas como são ligados às pessoas que eu contestei na matéria, estão tentando deturpar minha imagem perante a sociedade.

É verdade que eu não tenho curso superior, como também é verdade que com o salário que ganho não tenho condições de bancar uma universidade particular. Na época de Dr. Orlando tinha uma gratificação de 50% do valor da mensalidade para que os professores pudessem se graduar. Infelizmente eu já entrei no quadro do município no final do seu mandato.

É verdade que existem cursos gratuitos oferecidos pelo governo federal, como também é verdade que eu já me cadastrei nesses cursos nos três últimos anos e devido a grande demanda ainda não consegui uma vaga.

É MENTIRA QUANDO DIZEM QUE FUI DEMITIDO POR JUSTA CAUSA DOS CORREIOS. Quem quiser comprovar, venha a mim que apresento sem problema algum o comunicado onde está bem claro: DEMITIDO SEM JUSTA CAUSA.

Em reunião com o prefeito na EMACC no dia 28 de dezembro de 2011 ele disse que a gente ainda ia sentir saudades dele. Quando se falou da época em que Dr. Orlando ele fez questão de lembrar que nós tivemos que acionar a justiça para receber os três meses de atraso. Quero só lembrar que para os professores não foram 3 e sim 1, o mês dezembro de 2004. Lembrar ainda que do mandato do Sr já está a diferença salarial de um ano inteiro, que para recebermos teremos que acionar a justiça, e vamos, como também a gratificação de títulos de 180 horas que simplesmente o município deixou de nos pagar desde agosto de 2009.

NÃO É PORQUE NÃO TENHO UM CURSO SUPERIOR, não desfazendo de nenhum colega professor que tem, que não sei quais os meus diretos e não sei lutar por eles.

EU NÃO TENHO MEDO DE MOSTRAR A MINHA CARA.

VOCÊS, ANÔNIMOS QUE TENTARAM DENEGRIR MINHA IMAGEM COM MENTIRAS  E MUITAS CALÚNIAS, TENTANDO DESVIAR O FOCO DA REALIDADE, APAREÇAM, SE IDENTIFIQUEM, ESTÃO COM MEDO DO QUE? FAZER COMENTÁRIOS SEM APARECER  É COISA PARA COVARDE E/OU PARA QUEM TEM O RABO PRESO. VOCÊS ESTÃO COM MEDO DE UM PROFESSOR QUE TEM APENAS O MAGISTÉRIO?

NÃO PENSEM QUE VÃO CONSEGUIR, E MENTIRA TEM A PERNA CURTA, PORTANTO,  QUEM ME CONHECE SABE QUEM SOU E COMO  SOU!

Prefeitura Municipal de Jaçanã dá presente de fim de ano aos profissionais da Educação: 1% DE AUMENTO ENTRE NÍVEIS E REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA COM REDUÇÃO PROPORCIONAL DE SALÁRIO. E a Câmara de Vereadores de Jaçanã APROVOU.

Dia 31 de dezembro de 2011 às 16:00h, na Câmara Municipal de Vereadores foi aprovado um projeto de lei que altera o Projeto de Lei nº 140 de 2009, reduzindo  de 40 para 30 horas semanais a carga horária dos professores e profissionais do Magistério da Rede Municipal de Ensino, prejudicando 59 profissionais que tem condições  de cumprir a carga horária de 40 horas semanais, visto que só possuem um vínculo.
Outra alteração foi de aumentar de 5% para 6% a diferença entre níveis:
Do Magistério para Graduado;
Do Graduado para o Especialista;
Do Especialista para o Mestre;
Do Mestre para o Doutor.
O Projeto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores presentes.
Estiveram presentes na sessão extraordinária os vereadores: NASCIMENTO, RODELA, TICA, GELZO E DONIZETE, na plenária só estiveram presentes três pessoas.
Ninguém esperava que o presidente da Câmara Municipal convocasse uma reunião justamente para o último dia do ano e num horário tão inconveniente. Foi muito bem pensado o dia e a hora, já que alguns vereadores, população, professores e demais interessados na pauta já estavam com compromissos marcados com parentes, viagens, etc., e não estariam presentes para argumentar e votar a favor dos 59 prejudicados, muito menos contestar os interesses do Prefeito e dos vereadores presentes.
É importante esclarecer que no dia 28 de dezembro aconteceu uma reunião extraordinária na Câmara de Vereadores, onde na ocasião estiveram presentes todos os vereadores e a plenária esteve lotada de professores e populares. Na ocasião alguns professores puderam fazer uso da palavra e exporam aos vereadores suas justificativas a respeito das alterações do plano. Naquele momento só sentimos o apoio dos vereadores: Gilberto Silva, Gel Abdias e Naldinho, que entenderam que os direitos adquiridos pelos professores são legítimos, e que, com a redução da carga horária também se reduz proporcionalmente o salário, salário este que já não esteve sendo cumprido pelo Município durante os anos de 2010 e 2011. O Prefeito manobrou os seus apoios e pediu a reunião para um dia e horário que sabia que só estariam presentes que lhes interessava e que fariam o que ele queria. PRESENTE DE GREGO para professores e profissionais do Magistério de Jaçanã.
MUITO OBRIGADO Sr. Prefeito por esse presente de fim de ano, aí se vê o quanto a educação é prioridade na sua administração;
MUITO OBRIGADO Secretário de Educação, por não se esforçar em momento algum em defender os interesses da sua categoria e sempre balançar a cabeça positivamente para o prefeito;
MUITO OBRIGADO vereadores: NASCIMENTO, RODELA, TICA, GELZO E DONIZETE, por olharem para seus próprios umbigos e esquecerem do verdadeiro papel de vocês aí na Câmara, que é defender os interesses e direitos da população e não APENAS os interesses da Prefeitura.

ISSO SERVE DE ALERTA PARA OS ELEITORES QUE COLOCAM POLÍTICOS COMO ESTES NO PODER.

Matéria escrita por Oelson Costa – Professor da Rede Municipal de Ensino de Jaçanã/RN



Reunião do dia 28 de dezembro de 2011
Todos os vereadores presentes



Reunião do dia 28 de dezembro de 2011
Plenária lotada de professores e profissionais do Magistério



Reunião do dia 28 de dezembro de 2011
Professor argumentando e pedindo aos vereadores que defendessem os direitos adquiridos dos profissionais do Magistério



Reunião do dia 31 de dezembro de 2011
Só vereadores da situação e apenas três pessoas na plenária